segunda-feira, 7 de maio de 2007

INGRESSO NA COLUNA PRESTES


Quanto à chegada da Coluna ao Maranhão Luiz Carlos Prestes disse que “Ao entrar no Maranhão fomos recebidos como heróis. Por quê? Por ter vindo do Rio Grande e chegar até o Maranhão... Era um grande feito. O povo todo era simpatizante, por que havia no Maranhão uma grande oposição política ao governo.”



O P.R.M. via na Coluna a possibilidade de tomada do poder por isto foi grande o alvoroço, “se falava, inclusive, na deposição do presidente do Estado, o Sr. Godofredo Viana.” Com os “heróis” em Carolina, “Foi realizada missa[...] hasteada a bandeira nacional [...], sendo queimados em seguida os executivos fiscais para cobrança dos impostos estaduais e municipais [...]”, uma grande festa popular. Estas práticas de queimar livros fiscais, soltar presos, destruir instrumentos de tortura, atraia a simpatia dos humildes e injustiçados.


(alto comando da Coluna prestes)

Na passagem pelo Maranhão a Coluna se dividiu em três. Segundo Prestes:
Foi uma verdadeira divisão estratégica. Uma parte da Coluna ficou comigo e tomamos a direção do rio Balsas,[...]. Uma segunda coluna, comandada por Siqueira Campos para marchar mais ao norte [...]. E uma terceira coluna, que era comandada por João Alberto, para marchar mais pelo centro. Mais todas orientadas no sentido do rio Parnaíba.



(combatentes da Coluna Prestes)


Na Matta, Bernardino se preparava para integrar o destacamento de João Alberto e, no dia 06 de novembro de 1925 invadiu, Curador com 65 homens armados de rifle e usando todos como distintivo uma fita vermelha. Bernardino tratou todos com cortesia e solicitou de alguns comerciantes contribuição para as suas tropas. Não obtendo o resultado esperado, saiu da cidade no dia 08 (nov.) e retornou no mesmo dia à meia-noite, desta vez mais agressivo, invadiu as casas de alguns comerciantes e saqueou as mercadorias, distribuindo à população pobre o que não poderia ser levado.
Nesse saque o mais atingido foi o comerciante Raimundo Freitas que teve os comércio arrasado e sua casa invadida tendo o poço, que servia à casa, envenenado com querosene e soda cáustica. Depois destes saques o comerciante escreve uma carta à Pacotilha denunciando todos os detalhes da invasão.
Foi no destacamento comandado por João Alberto que Manoel Bernardino integrou a Coluna. E, segundo Lourenço Moreira Lima,
a única incorporação à Coluna, de certa importância, foi a de Manoel Bernardino, um pequeno fazendeiro da Zona da Mata, que ali chegou a levantar 200 homens, aderindo ao destacamento de João Alberto, na companhia de Euclides Neiva, um jovem maranhense, que liderava mais outros 50 homens.



A discordância entre Bernardino e a Coluna era que aquele queria que esta se estabelecesse e resistisse no Maranhão contrariando o caráter itinerante da Coluna. Este é o motivo que o leva a abandonar os tenentes. Luiz Carlos Prestes, a respeito de Bernardino, diz que “Manoel Bernardino – conhecido como o ‘Lênin da Mata’, porque defendia os direitos dos fracos e oprimidos- ainda acompanharia a Coluna até o Ceará, [...], onde viria a desertar [...]”.Não temos os detalhes dessa deserção mas o certo é que ele abandonou os rebeldes em 1926 e ficou no Ceará até 1929 quando retorna ao Maranhão indo fixar-se em Carutapera, nas margens do rio Gurupi ali permanecendo por dois anos até resolver voltar à Matta.

3 comentários:

isabel disse...

cidade linda

isabel disse...

alguem me ajude a encontrar meu pai,pois não o conheço,ele desapareceu desde,1971 eu tinha apenas 2 anos.fiquei sabendo que provavelmente ele more ai em dom pedro-maranhão ou nas cidades vizinhas teria casado novamente e que teria +3 filhos.que talves more em um sitio.

isabel disse...

esqueci de deixar o nome do meu pai,José Manoel do Nascimento +-67 anos ele tem.nascido em jaicós-piaui