segunda-feira, 7 de maio de 2007

A CAMINHO DA MATTA

Após a expulsão de José Lopes Pedra Sobrinho da Matta, Bernardino ouve notícias mais exatas de que Sebastião Gomes iria à Matta prendê-lo e para resistir ele arma quatorze homens. Embora as notícias sejam que Bernardino tenha cem, duzentos, quatrocentos ou até mil homens ele afirma, em depoimento e entrevistas, ter apenas quatorze, não para invadir Codó (que seria invadida com votos) mas para se defender de Sebastião Gomes. O próprio Bernardino com o intuito de intimidar seus desafetos pode ter dito possuir, sob seu comando, um número maior de homens do que na realidade tinha.
As tropas dos Tenentes Taurino e Dias desembarcam em Codó no dia trinta de julho. Seguindo no dia seguinte para a Matta o Tenente Taurino com trinta e duas praças e no dia primeiro segue o Tenente Dias com dez praças ficando em Codó o Major Bello com trinta praças.
A mais ou menos trinta e seis quilômetros as tropas se encontraram já tendo Taurino “prendido um cangaceiro que trazia uma carta de Manoel Bernardino de Oliveira para Manoel Marinho Falcão, dizendo a mesma que lhe mandasse balas, rifles, espoletas, pólvora e chumbo [...]”.
No dia 4 de agosto, no lugar São Joaquim, os Tenentes se encontraram com Felippe Moreira que acusa Manoel Bernardino de lhe matar o gado e de querer brigar com o governo, diz também que não adianta ir à Matta pois Bernardino fugira e a localidade estaria deserta. Esta ação de Felippe é um artifício (igual quando ele foi ao Curador e descobriu o plano de S. Gomes de atacar a Matta) para saber se havia tropas, quantos eram, retornar e avisar Bernardino, e é o que ele faz.
Consciente da impotência de lutar contra as tropas Manoel Bernardino vai ao Codó, cortando caminho para não se encontrar com as tropas, acompanhado de Felippe Moreira, João de tal, e Bartolomeu Francisco Gonçalves no dia 5 pela manhã chegando em Codó no dia 7 ao meio dia.

Nenhum comentário: