segunda-feira, 7 de maio de 2007

DOM PEDRO: A CIDADE QUE MANOEL BERNARDINO CRIOU!



HINO DE DOM PEDRO (INTERPRETAÇÃO)

Nasceste entre belezas naturais
Com teu resplendor tão relutante,
Sob um lindo céu de azul constante
E verdes matas de babaçuais

Teu povo em luta trouxe a ti a glória,
Empunhando a bandeira da Libertação
Com coragem e orgulho
Te proclamaram cidade do Maranhão

Dom Pedro, Dom Pedro, Dom Pedro,
Antiga Mata do Nascimento,
Tua história, tuas lutas, tuas glória,
O teu povo guarda sempre na memória

Dom Pedro, Dom Pedro, Dom Pedro,
Esperança de um grande povir,
Berço amado e varonil,
Do nosso Maranhão e do Brasil

A 1ª estrofe fala das belezas naturais que DOM PEDRO tinha quando ainda se chamava "Mata do Nascimento", inclusive as matas de BABAÇUAIS que têm na região.No começo, Dom Pedro era um distrito da cidade de CODÓ.
A 2ª estrofe fala da luta que tivemos para alcançar a liberdade de Codó e ser uma nova cidade no Maranhão.
A 3ª estrofe fala do primeiro nome da cidade, que era Mata do Nascimento, e que ninguém esquecerá sua história e suas glórias. Também o autor nessa estrofe deixa esperanças para um futuro melhor para a cidade




RESUMO SOBRE A HISTORIA DE DOM PEDRO




A progressista cidade de Dom Pedro, situada na Região de Presidente Dutra, com mais 14 municípios, que totalizamaquela região maranhense, possui uma área, segundo as mais atualizadas estatísticas do IBGE de 369,964 km², habitados por 23.100 habitantes, com uma densidade demográfica de 62,44 habitantes por quilômetros quadrados.

Seu primeiro nome foi Mata do Nascimento, em homenagem ao seu primeiro habitante, quando ainda fazia parte do território codoense, ter sido Manoel Nascimento por volta de 1915. Através da Lei nº 815, de 9 de dezembro de 1952 foi desmembrada do município de Codó e se instalou solenemente como cidade em 1º de janeiro de 1953.

Dentre os capítulos históricos do valoroso povo de Dom Pedro é marcado um dos mais dolorosos atos de covardia e abuso de poder, acontecidos em seu território, que foi o famoso movimento de Manuel Bernardino de 1922, quando o citado lavrador liderando um considerável grupo de seus companheiros camponeses, dirigiu-se à chefia da Administração Municipal, em Codó, e pleitearam a criação de um colégio para os seus filhos, os quais não tinham opções de estudar. Apesar de ordeiramente terem feito por demais justo pleito. Não foram, porém, compreendidos. Para enorme surpresa e decepção de toda população da antiga Mata do Nascimento, foram-lhes atribuídas, unicamente, censuras por demais violentas e ameaças sinistras.
Com esta inesperada reação das autoridades municipais codoenses os lavradores reagiram e passaram a protestar, mesmo, ofendidos, agiram sem violência. Entretanto, os dirigentes municipais solicitaram, urgentemente, ao Governo do Estado uma força volante da Polícia Militar para acabar com tal movimento e imediatamente o Governo mandou a tal tropa sob o comando do tenente Henrique Dias, com ordens por demais violentas.
O comandante executou ao pé da letra o que lhe foi determinado fazer no Centro da Mata do Nascimento.
Foi uma verdadeira carnificina, a força volante fuzilou sem dó ou piedade centenas de indefesos lavradores o sangue de inocentes camponeses serviu para alicerçar a independência, emancipação da sua urbe. Mesmo assim, somente em 1928, foi criada a primeira escola municipal, tendo a gleba a sua primeiríssima professora, que foi a professora Guilhermina Chaves. Em 1931, a gleba da Mata do Nascimento foi elevada à categoria de Vila, recebendo o nome de Vila Pedro II. Em 1943, por Decreto-lei federal foi proibida a existência de dois topônimos iguais aplicados àquela Vila, devido que no vizinho Estado do Piauí, existia uma cidade com o nome de Pedro II e ser mais antiga foi determinado que a Vila mudasse de nome.

Ficou na alçada do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, a incumbência de efetuar a devida troca de nominação, que acabou a referida Casa de Cultura maranhense, sugerido e os poderes competentes, oficializando o nome da Vila como Dom Pedro, denominação, que agradou a todos os seus habitantes e foi mantida a homenagem ao imperador Pedro II.


IMPERADOR DO BRASIL - DOM PEDRO II

Em 1951, o deputado do Partido Republicano, Manoel de Oliveira Gomes, aliado ao Sr. Alcebíades de Melo Lima, líder local e com o apoio maciço da população da Vila iniciaram uma forte luta para conseguirem em 1952, a Assembléia Legislativa do Estado aprovar a lei acima citada, que transformou a Vila em município e o emancipava dos domínios codoenses.
Em 1º de janeiro de 1953 foi nomeado e empossado o seu primeiro Prefeito, Sr. Lídio Brito. Para em 31 de janeiro de 1955, ser eleito o seu primeiro Prefeito, através da escolha democrática dentre seus habitantes, que foi o Sr. Ananias de Morais Costa. Nesta mesma data, foi instalada a sua Câmara Municipal composta dos seus primeiros nove vereadores e sua Mesa Diretora foi assim constituída: Presidente – Alcebíades de Melo Lima; Primeiro Secretário – Manoel Cabral Pereira e Segundo Secretário – Jorge Fernandes da Silva.


O seu principal acidente geográfico é o rio Codozinho, com pequena profundidade não é adaptável para navegação. A sua riqueza natural é invejável com um solo por demais fértil e com imensos babaçuais. A sua população é grande parte católica, sendo a sua Santa Padroeira Nossa Senhora de Nazaré, cujo festejo é realizado anualmente de 31 de agosto a 8 de setembro, outra festa religiosa que tem destaque na cidade é de São Francisco de Assis. Sua Cultura Popular é forte, onde reluz a Dança da Mangaba, o Bumba-Boi, o Tambor-de-Mina e o Tambor-de-Crioula. No seu artesanato o Babaçu é o maior destaque, seguido da Palha e da Taboca.
Em relação a sua culinária, é diversificada com o arroz predominando, acompanhado de carne de boi, porco, caça, galinha, com dois marcantes pratos que o capão ao molho pardo e a galinha de parida. A Esperança de Vida dos dom-pedrenses, de acordo com o IPEA e a Fundação João Pinheiro é de 61,46 anos. Seguindo estas mesmas fontes, conforme o estudo do Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios Brasileiros: a Taxa de alfabetização de adultos = 69,38%; Taxa bruta de freqüência escolar = 74,81%; Renda per capita = R$ 126,85; Índice de desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M = 0,634. Esta classificação implica que a cidade de Dom Pedro é o 25º em relação aos 217 municípios maranhenses e o 4052º em comparação com os 5.561 municípios brasileiros.

O seu povo é acolhedor, hospitaleiro, tornando-se o homem dom-pedrense o maior atrativo turístico-cultural da sua cidade, aonde mora a paz e as raízes tradicionais da pacata cidadezinha da Zona Rural maranhense, onde ainda se cultiva o leite mugido, o beiju e um café torrado no caldeirão e socado num pilão caseiro. Coisas de Dom Pedro, uma das belas caras do Brasil-Maranhão!

Data de Publicação: 3 de dezembro de 2004. Jornal Pequeno - São Luis - MA
TEXTO: José Ribamar Sousa dos Reis *Membro do IHG

4 comentários:

Zé de Riba disse...

viva manoel bernardino. viva dompedrenses. viva a vida. Sinto me orgulhoso de ser filho desta terra. Ze de riba

Unknown disse...

Parabéns por passar conhecimento do nosso Brasil. E viva o querido Maranhão povo valente e trabalhador. Muito obrigado ao Manoel Bernardino, que foi um exemplo na sua região. Obrigado !!!!

Anônimo disse...

Viva meu tio bisavô!

Jovluc disse...

Viva meu tio bisavô!